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British Medical Journal
A educação em saúde resultou eficaz para pacientes com síndrome coronária aguda e diabetes tipo 2
Estas intervenções também são recomendadas para o manejo de outros pacientes de risco.


A educação em saúde, seu conteúdo e os métodos de administração resultaram eficazes para pacientes com síndrome coronária aguda e diabetes tipo 2, sendo recomendável utilizar essas intervenções também em outros pacientes de risco. Como um dos resultados mais destacados encontrou-se que, quanto mais longo o tratamento, com maior seguimento, mais eficaz, não devendo nunca ter duração menos que seis meses.

Isto é o que sugere o estudo "Health education for patients with acute coronary syndrome and type 2 diabetes mellitus: an umbrella review of systematic reviews and meta-analyses” (BMJ Open 2017;7:e016857. doi:10.1136/ bmjopen-2017-016857), elaborado pela Tongji University, da China; a School of Nursing, Midwifery and Paramedicine, Austrálian Catholic University; a School of Nursing, Jinggangsham University, Ji'An, China e a A Trobe University, Melbourne, Victoria, Austrália, entre outros.

Esta revisão, através da estratégia “umbrella” teve como objetivo identificar as evidências atuais sobre intervenções relacionadas com a educação sanitária para pacientes com síndrome coronária aguda (SCA) ou diabetes mellitus tipo 2 (DM2); identificar o conteúdo educativo, os métodos de entrega, a intensidade, a duração e o entorno requerido. O objetivo foi proporcionar recomendações para intervenções educativas de pacientes de alto risco com ACS e T2DM.

Foi realizada uma revisão geral da revisões sistemáticas e metanálises, escolhendo 51 revisões (15 para SCA e 36 para DM2) totalizando 1324 estudos relevantes que envolveram 288057 pacientes. Das revisões analisadas, 30 (58.8%) foram qualificadas como sendo de alta qualidade. Enfermeiros e membros das equipes multidisciplinares foram os profissionais que mais frequentemente proporcionaram educação, tendo a maioria das intervenções educativas ocorrido após a alta.

O estudo no encontrou revisões centradas em pacientes com SCA e T2DM ao mesmo tempo. Todas as revisões sistemáticas e metanálises se centraram em apenas uma destas duas doenças. 

As sessões presenciais foram os formatos de entrega mais comuns, e muitas sessões educativas  ocorreram também por telefone ou por contato via web. A frequência das sessões educativas foi semanal ou mensal, em uma média de 3.7 assuntos por sessão educativa.

As intervenções psicoeducativas foram em geral efetivas na redução do tabagismo e as internações em pacientes com SCA. A educação em saúde culturalmente apropriada, as intervenções educativas de autogestão, as visitas médicas grupais e as intervenções psicoeducativas geralmente foram efetivas para pacientes com DM2.

Os resultados indicam que existem fortes evidências atuais sobre a eficácia da educação em saúde, seu conteúdo e os métodos de administração para pacientes com SCA o DM2. Estes resultados proporcionam recomendações sobre o conteúdo e o enfoque da intervenção de educação sanitária para estes pacientes de alto risco.

Para os pacientes com SCA, uma revisão sistemática que incluiu 7 estudos com um total de 536 participantes informou que os estudos com educação que duraram por pelo menos 6 meses, destacaram as mudanças mais significativas nos resultados primários (como mudança de comportamento, deixar de fumar),  sendo necessário um período mínimo de 12 meses de seguimento para avaliar o impacto da educação realizada por via telefónica.

As sessões de educação foram realizadas semanalmente ou mensalmente. Os programas de educação sanitária mais longos para a DMT2 (> 6 meses) produziram efeitos maiores para todos os resultados primários (como a HbA1c). Os processos de educação em saúde com duração maior que 3 meses geraram um efeito maior em comparação com os processos de menor duração (<3 meses).