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Informativo do estudo NHANES
HPV oral: mostrou-se mais prevalente em homens do que em mulheres
O risco foi maior em fumantes de mais de 20 cigarros diários, usuários de maconha, homens afro-americanos e aqueles que informaram 16 ou mais parceiros sexuais vaginais ou orais.


O HPV afeta mais homens do que mulheres. Os riscos de infecção oral pelo HPV foram maiores entre fumantes de mais de 20 cigarros diários, entre os usuários de maconha, os homens afro-americanos e os que informaram 16 ou mais parceiros sexuais vaginais ou orais.

Isto é o que sugere o estudo  “Oral Human Papillomavirus Infection: Differences in Prevalence Between Sexes and Concordance With Genital Human Papillomavirus Infection, NHANES 2011 to 2014” (Annals of Internal Medicine. 167 (10) Págs: 714 - 724 2017), elaborado por investigadores da Universidade de Florida, a Universidade de Texas, o Harvard Medical School e Weill Cornell Medicine de New York.

O estudo tomou como base que a carga de doença relacionada ao vírus do papiloma humano (HPV) e ao carcinoma de células escamosas orofaríngeas (OPSCC) é desproporcionalmente alta entre homens, entretanto, as evidências empíricas sobre a diferença na prevalência da infecção oral causada pelo HPV entre homens e mulheres é limitada. Se desconhece a concordância da infecção oral e genital por HPV entre os homens.

Em função destes dados, os investigadores buscaram determinar a prevalência da infecção oral por HPV, assim como a concordância da infecção oral e genital por HPV, entre homens e mulheres nos EUA, utilizando as informações de uma pesquisa nacionalmente representativa (NHANES:  Pesquisa Nacional de Saúde e Exame Nutricional, 2011 a 2014) entre a população civil não institucionalizada, da qual participaram adultos de 18 a 69 anos. 

Para o estudo foram avaliadas as amostras de secreção bucal, peniana e vaginal, através de PCR seguido da hibridação específica e acordo com o tipo viral.

Como resultados, encontrou-se que a prevalência geral de infecção oral por HPV foi de 11.5% (95% CI, 9.8% a 13.1%) em homens e 3.2% (IC, 2.7% a 3.8%) em mulheres (equivalente a 11 milhões de homens e 3.2 milhões de mulheres em todo Estados Unidos).

A infecção oral por HPV de alto risco foi mais prevalente em homens (7,3% [IC, 6,0% a 8,6%]) do que em mulheres (1,4% [IC, 1,0% a 1,8%]). O HPV oral foi 6 vezes mais frequente em homens (1,8% [IC, 1,3% a 2,2%]) que em mulheres (0,3% [IC, 0,1% a 0,5%]) (1,7 milhões de homens frente a 0,27 milhões de mulheres).

Entre os homens e mulheres que informaram ter parceiros do mesmo sexo, a prevalência da infecção por HPV de alto risco foi de 12,7% (IC, 7,0% a 18,4%) e 3,6% (IC, 1,4% a 5,9%), respectivamente. Entre os homens que informaram ter 2 ou mais parceiros sexuais orais do mesmo sexo, a prevalência da infecção por HPV de alto risco foi do 22,2% (IC, 9,6% a 34,8%). A prevalência do HPV oral entre os homens com infecção genital por HPV concorrente foi quatro vezes maior (19.3%) do que entre aqueles sem ela (4.4%).

Os homens apresentavam 5,4% (IC, 5,1% a 5,8%) maior probabilidade de infecção oral por HPV de alto risco do que as mulheres. A probabilidade de infecção oral por HPV de alto risco foi maior entre os participantes afro-americanos, aqueles que fumaram mais de 20 cigarros diários, os usuários atuais de maconha e os que informaram 16 ou mais parceiros sexuais vaginais ou orais.

Com base nesta informação se concluiu que a infecção oral por HPV é comum entre os homens dos EUA. Os achados deste estudo proporcionam várias implicações de política para guiar os futuros esforços de prevenção de OPSCC para combater esta doença.