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ESTUDO TRANSVERSAL
HPV: O ato de não vacinar-se está relacionado com o desacordo dos pais
As meninas têm como principais fontes de informações seus pais e professores.


Apenas 53% das meninas na idade de vacinar-se contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) – que pode provocar câncer de colo de útero- recebeu a imunização. Aquelas que não se vacinaram devem esta decisão ao desacordo dos pais e a falta de informações, motivos pelos quais se recomenda que seja reforçada a instrução aos familiares e a promoção das classes de educação sexual nas escolas.

Isto é o que demonstra o estudo " Cross sectional study investigating the differences in knowledge and behaviors about HPV between vaccinated and non-vaccinated girls" elaborado pelo Departamento de Saúde Pública da Universidade de Turim, Itália.

O trabalho se baseou em um estudo transversal realizado entre outubro de 2012 e junho de 2013 em Turim (Piemonte, Itália) que consistiu na resposta a um questionário de 574 meninas do ensino médio e de cursos preparatórios selecionados aleatoriamente. Dos 574 formulários; 307 (53,6%) meninas não foram vacinadas e 267 (46,4%) foram vacinadas.

O objetivo do estudo foi comparar o nível de conhecimento de meninas vacinadas sobre o HPV em comparação ao das meninas não vacinadas, destacando as razões pelas quais estas não aceitaram a vacinação.
Entre as meninas de 11 e 12 anos que recusaram vacinar-se, a principal rasão apontada foi o desacordo entre os pais (45,3%) seguido da escassez de informações 25%, a natureza não obrigatória da vacina (15,6%) e outras razões (14,1%). Entre as meninas de 18 anos, o principal motivo de não aderência foi a falta de informações sobre as vacinas (26,8%), seguida da não obrigatoriedade (23,1%), o desacordo dos pais (19,4%) e outros motivos 31%.

Comparando o nivel de conhecimento houve uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos: as meninas vacinadas reportaram estarem mais bem informadas do que o grupo não vacinado.

Entre as conclusões do estudo, identificou-se uma falta de informações sobre a infecção pelo VPH. Os pais, a escola e os trabalhadores da saúde tem um papel central na educação das meninas e das opções sobre a vacinação contra o HPV. Portanto, a campanha de comunicação para a prevenção do câncer de colo uterino deve ser caracterizada por mensagens capazes de esclarecer e consolidar conhecimentos que possam ter sido apenas parcialmente recebidos ou mal interpretados.

A principal fonte de informações está representada pelos pais, quem, na maioria dos casos, são também os que levam as meninas ao centro de vacinação. Portanto, poderia ser importante apoiar e melhorar os conhecimentos desta fonte de informações. Entretanto, a maioria das meninas afirmou que seria útil discutir a vacinação contra o HPV na escola, que poderia desempenhar um papel preventivo importante

Houve uma diferença estatisticamente significativa entre os níveis de conhecimento das meninas vacinadas e das não vacinadas. O nivel de informações foi maior no grupo de meninas vacinadas.

O conhecimento do grupo de jovens de 18 anos, inclusive em torno dos assuntos "mais sensíveis", mostrou uma falta de informações sobre a infecção, suas consequências e modos de transmissão e prevenção. 

Como conclusão, o modelo de prevenção proposto baseia-se em uma dupla afirmação: em primeiro lugar, a centralidade do adolescente e sua ação em suas próprias opções de saúde e, em segundo lugar, o forte papel educativo do adulto, a escola e os cuidado da saúde profissional. Portanto, a campanha de comunicação para a prevenção do câncer de colo uterino deve caracterizar-se por mensagens capazes da alcançar novas pessoas a cada ano, esclarecer e consolidar mensagens que possam ter sido parcialmente recebidas ou mal interpretadas; particularmente quanto às informações sobre a eficácia em longo prazo, a idade apropriada de administração e a segurança das vacinas.