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Mayo Clinics Proceedings
O consumo moderado de cafeína está associado com um menor risco de mortalidade
Este consumo também pode gerar impacto no manejo de doenças.


A ingesta moderada de cafeína se associa com um menor risco de mortalidade por todas as causas, em particular a mortalidade não cardiovascular. Seu consumo também se relaciona com benefícios potenciais para a saúde, podendo exercer um impacto substancial no manejo de diversas doenças.

Isto é o que sugere o estudo “Association Between Caffeine Intake and All-Cause and Cause-Specific Mortality: A Population-Based Prospective Cohort Study" (Mayo Clinics Proceedings; 92 (8); Páginas: 1190 – 1202; 2017), elaborado pelo National Center for Global Health and Medicine, de Tokyo e pela Universidade de Tokyo.

O trabalho se propôs em avaliar se a ingesta de cafeína se associa com mudanças na mortalidade por todas las causas e a mortalidade por causa específica.

Para isso se realizou um estudo prospectivo de coorte utilizando dados da Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição (NAHNES) 1999-2010. Foram utilizados modelos de riscos proporcionais de Cox para comparar os coeficientes de risco ajustados multivariantes (HRs) dos participantes com um consumo de cafeína de 10 a 99, 100 a 199 e 200 mg/dia ou mais, com os dos participantes com um consumo de cafeína de menos de 10 mg/dia.

No total foram incluídos 17.594 participantes, na média SD e na mediana (faixa interquartil) o seguimento foi de 6,5 2,8 anos e 6,4 (3,6-9,5) anos, respectivamente; 17.568 participantes (99.8%) completaram o seguimento, e 1310 morreram.

Em comparação com aqueles que apresentavam uma ingesta de cafeína menor que 10 mg/dia, os indivíduos com um consumo consumo de cafeína de 10 a 99 mg/dia apresentaram menor coeficiente de risco de sufrir morte por todas as causas (Hazard Ratio;  IC95%= 0,81; 0,66 - 1,00; p<0.05), com um consumo de 100 a 199 mg/dia (HR= 0,63; IC95%= 0,51 - 0,78; p<0.001) , com um consumo de 200 ou mais mg/dia (HR= 0,69; IC95%= 0,58 - 0,83; p<0.001).
Observou-se uma associação similar nos participantes que consumiram menos de 1 taça de café por semana, sendo menor naqueles indivíduos com uma ingesta de cafeína de 100 a 199 mg/dia (HR, 0,46, IC de 95%, 0,22-0,93).

Não houve associação entre a ingesta de cafeína e a mortalidade cardiovascular, enquanto o quociente de risco para a mortalidade não cardiovascular foi significativamente menor naqueles com uma ingesta de cafeína de 10 a 99 mg/dia (HR=0,74; IC95%: 0,57-0,95), de 100 a 199 mg / de (HR=0,60; IC95%= 0,46 - 0,7;) e de 200 o mais mg / de (HR=0,65; IC95%= 0,53 - 0,80).

Com base na análise dos dados nacionais representativos recolhidos através da pesquisa NHANES, observou-se que a ingesta moderada de cafeína se associa com um menor risco de mortalidade por todas as causas, em particular a mortalidade não cardiovascular.