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Clinical Infectious Diseases
Administrar estatinas a pacientes com HIV e/ou Hepatite C reduz os riscos de morte e de lesão hepática
Resultado constatado ao longo dos 18 meses posteriores ao início do tratamento e em comparação com pacientes que não receberam estatinas.


As estatinas não produziram efeitos adversos hepáticos relevantes e se associaram a redução do risco de morte em pacientes com HIV e/ou Hepatite C, nos 18 meses posteriores ao início do tratamento e em comparação com os pacientes que não receberam estatinas.

Isto é o que sugere o estudo “Risk of Acute Liver Injury After Statin Initiation by Human Immunodeficiency Virus and Chronic Hepatitis C Virus Infection Status” (Clinical Infectious Diseases; 65 (9); Págs: 1542 – 1550; 2017), elaborado por investigadores do  Baylor College of Medicine, Texas; Weill Cornell Medical College, Qatar; Yale University School of Medicine,  Connecticut e o Mount Sinai School of Medicine, New York, entre outros.

Os investigadores contaram com os dados prévios de que pacientes com infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e/ou hepatite C crônica (HCV) podem receber estatinas como tratamento para a doença metabólica/cardiovascular, porém não está claro se o risco de lesão hepática aguda (LHA) aumenta para aqueles pacientes que iniciaram o tratamento com estatinas, em comparação com os não usuários nos grupos classificados por estado de HIV / HCV.

A segurança hepática das estatinas no contexto do HIV e/ou do HCV crônico tem sido motivo de controvérsia há varios anos, sendo necessária a realização de estudos para abordar este ponto.

Para realizar essa investigação realizou-se um estudo de coorte para comparar as taxas de LHA em pacientes tratados versus não tratados entre 7.686 infectados por HIV/HCV, 8.155 HCV monoinfectados, 17.739 HIV-monoinfectados e 36.604 pessoas não infectadas no estudo de coorte de velhice e envelhecimento (2000-2012). Se determinou o desenvolvimento de: 1) aminotransferases hepáticas> 200 U / L, 2) LHA grave (coagulopatia com hiperbilirrubinemia) e 3) morte, todas dentro dos 18 meses.

A regressão de Cox se utilizou para determinar os quocientes de riscos (HR) ajustados por pontuação de propensão com intervalos de confiança (IC) de 95% dos resultados nos iniciadores de estatinas em comparação com os não tratados em todos os grupos.

Entre os pacientes coinfectados com HIV/HCV, os iniciadores de estatinas apresentaram um menor risco de níveis de aminotransferases> 200 U / l (HR, 0,66 [IC 95%, .53-.83]), LHA grave (HR, 0,23 [IC 95%,. 12-.46]), e a morte (HR, 0.36 [IC 95%, .28-.46]) em comparação com os não tratados com estatinas. No contexto do HCV crônico isolado, os iniciadores de estatinas apresentaram riscos reduzidos de elevação de aminotransferases (HR, 0,57 [IC 95%, 45-72)], LHA grave (CRI, 0,15 [IC de 95%, 0,06 a 37] ), e de morte (HR, 0,42 [IC 95%, .32-.54]). Entre os pacientes monoinfectados com HIV, os iniciadores de estatinas apresentaram um menor risco de aumentos de aminotransferases (HR, 0,52 [IC 95%, .40 -66)], LHA grave (CRI, 0,26 [IC 95%, .13-.55]), e morte (HR, 0,19 [IC 95%, .16-.23]) em comparação com os não tratados. Os resultados foram similares entre os indivíduos não infectados.

Independentemente do HIV e/ou do estado crônico do HCV, os iniciadores de estatinas apresentaram um menor risco de LHA e morte dentro dos 18 meses em comparação com os não tratados com estatinas.

Observou que os iniciadores de estatinas apresentavam taxas de incidência e risco de LHA e morte mais baixas dentro dos 18 meses em comparação com os pacientes que não estavam sob o uso de estatinas, independentemente do HIV o do estado de HCV crônico. Mesmo dentro do contexto de uma fibrose/cirrose hepática avançada, o início da estatina se associou com um menor risco de LHA e morte em todos os grupos. Estes achados demonstram a segurança hepática das estatinas em pacientes com coinfecção por HIV/HCV, monoinfecção por HCV e monoinfecção por HIV.