JAMA PEDIATRICS
Ambientes domiciliares obesogênicos aumentam o risco de obesidade em crianças com predisposição genética à obesidade
Modificações destes ambiente domiciliares poderiam impedir o aumento do IMC.
Residências obesogênicas aumentariam o risco de obesidade em crianças com carga genética. Modificar o ambiente doméstico cedo para evitar o ganho de peso pode ser particularmente importante para crianças geneticamente em risco de obesidade.
Assim sugere o estudo
“Variation in the Heritability of Child Body Mass Index by Obesogenic Home Environment”(JAMA Pediatrics; 172 (12) Págs: 1153 – 1160; 2018).
Um ambiente domiciliar obesogênico é constantemente associado como uma influência fundamental nas trajetórias do peso infantil, entretanto, as investigações atualmente disponíveis não examinaram os mecanismos dessa influência. Pesquisas nesse sentido são essenciais para a prevenção e tratamento eficazes do sobrepeso e da obesidade.
Procurou-se testar a hipótese de susceptibilidade comportamental, de que a herança do índice de massa corporal (IMC) é maior entre crianças que vivem em ambientes domésticos obesogênicos.
Para isso, um estudo de interação epigenética em gêmeos foi realizado usando dados transversais de 925 famílias (1.850 gêmeos) na coorte de Gêmeos (uma coorte prospectiva baseada na população de gêmeos nascidos na Inglaterra e no País de Gales entre março e dezembro). 2007). Os dados foram analisados no período de julho a outubro de 2013 e em junho de 2018.
Os pais dos gêmeos analisados completaram a entrevista sobre o ambiente doméstico, uma medida integral do lar obesogênico na primeira infância. Três escores compostos, padronizados, foram criados para: alimentação, atividade física e influências relacionadas à mídia em casa; estes foram adicionados para criar um escore geral de risco obesogênico. Os 4 escores compostos foram divididos em média, refletindo ambientes domiciliares de alto risco e baixo risco.
O ajuste do modelo genético quantitativo foi usado para estimar a herança do IMC ajustado para idade e sexo (em inglês: escore SD do IMC, estimado usando os dados britânicos de referência de crescimento de 1990) para crianças que vivem em domicílios de baixa renda e maior risco.
Esses achados apoiam a hipótese de que genes relacionados à obesidade estão mais fortemente associados ao IMC em ambientes domésticos obesogênicos. Modificar o ambiente doméstico cedo para evitar o ganho de peso sendo particularmente importante para crianças geneticamente em risco de obesidade.