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JAMA
Análise serial da Pesquisa Nacional de Nutrição e Saúde dos Estados Unidos
Adultos e adolescentes passam mais tempo sentados


O tempo gasto sentado e, especificamente, assistindo televisão tem sido associado a um aumento do risco de obesidade, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas. Por outro lado, a prática de atividade física intensa (por exemplo, caminhar rapidamente por 10 a 11 horas por semana) reduz esse excesso de risco. Análises recentes indicam que, nos Estados Unidos, os adultos passam cerca de 8 horas por dia sentados. O tipo de padrões de atividades sedentárias varia de acordo com a idade e, é possível que tenham mudado ao longo do tempo (por exemplo, com a massificação de dispositivos móveis). Saber com o que os indivíduos que não praticam atividades físicas ocupam seu tempo ocioso contribui para o desenho de programas e políticas para lidar com o problema do sedentarismo.

Os investigadores da Divisão de Ciências da Saúde Pública da Universidade Washington do Missouri, Estados Unidos publicaram o artigo “Trends in Sedentary Behavior Among the US Population, 2001-2016” (JAMA. 2019;321(16):1587-1597), onde são descritos padrões temporais e tendências de tipos de comportamento sedentários em uma amostra representativa da população dos Estados Unidos.

Os pesquisadores consideraram dados da Pesquisa Nacional de Nutrição e Saúde (NHANES), que consistem em estudos transversais, realizados entre 2001 e 2016 e que incluíram um total de 51896 indivíduos. A média de idade foi de 37,2 anos (erro padrão de 0,19) e 50% eram do sexo feminino. Do total de sujeitos, 19,9% eram crianças, 18,5 adolescentes e os demais adultos. A partir desse número inicial, amostras representativas de cada faixa etária foram levadas em conta para o tipo de comportamento sedentário.

Entre 2015 e 2016, foi estimado que 2 ou mais horas por dia foram gastas assistindo televisão ou vídeos por 62% das crianças, 59% dos adolescentes e 65% dos adultos. Essas prevalências são praticamente semelhantes às observadas em períodos anteriores (1002-2002 e 2003-204), exceto para as crianças, que mostram uma tendência discreta a diminuir e em indivíduos com menor rendimento econômico em que a tendência aumentou em todas as faixas etárias.

No caso do uso de computadores (fora da escola ou horário de trabalho), 56% das crianças, 57% dos adolescentes, 50% dos adultos de 20 a 64 anos e 53% dos que têm 65 anos ou mais, gastam pelo menos 1 hora por dia em seu uso e, na maior parte, o tempo de uso excede a 2 horas. A tendência vem aumentando desde 2001. Homens, crianças e adolescentes que são fisicamente inativos e adultos com alto índice de massa corporal são alguns dos grupos em que o tempo de uso dos computadores aumentou mais.

Desde 2007, observou-se um aumento significativo no tempo total de exposição a meios eletrônicos, de 7,0 a 8,2 horas por dia entre adolescentes, de 5,5 a 6,5 horas por dia em adultos de 20 a 64 anos e de 5,3 a 6,1 horas por dia entre adultos. 65 anos
O estilo de vida sedentário mostra uma tendência de aumento às custas do aumento do tempo em uso de computadores e sentado. As tendências observadas em crianças indicam que o foco dos esforços empregados na modificação comportamental deve ser direcionado para esta população.